Arquivo para outubro, 2010

Carta pra você

Eu sei que você já está cansado das vezes em que eu pedi para você ler algo que escrevi. Sei que você pode pensar as vezes, como consigo ter tantas coisas para dizer em tão curto espaço de tempo. Ou porque que eu insisto em fazer disso uma espécie de ritual, faço um suspense momentâneo e fico esperando você se sentir emocionado ou algo do tipo.

Já me peguei pensando em como posso mudar certos hábitos em mim. Mas infelizmente certas coisas nunca mudam. Infelizmente (ou felizmente, dependendo do seu ponto de vista), algumas características estão impregnadas em mim, que torna impossível abandoná-las ou fingir que elas não existem.

Pode ser que de vez em quando minha criança interior floresce de tal forma, que eu a odeio. Em vários momentos eu quis ser mais madura. Mas eu chego sempre no mesmo lugar: eu sou madura, quando eu quero ser madura. Entrei em outro buraco: eu nunca quis libertar minha criança meiga interior. Será que isso faz de mim uma pessoa fraca? Uma pessoa muito sensitiva ao ponto de ficar facilmente ofendida?

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Jô Soares sobre o Professor

“O professor está sempre errado.”
Jô Soares

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É  jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de ‘barriga cheia’.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um ‘caxias’.
Precisa faltar, é um ‘turista’.
Conversa com os outros professores, está ‘malhando’ os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a ‘língua’ do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu ‘mole’.

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui,
agradeça a ele!


Sabe apontar um lápis?

Eu acho que não…

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Depois desta eu acho que vou rever meus conceitos sobre estiletes e apontadores.